terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

[ Recordações do balacobaco 4 - 26.09.2006 ]

Hoje eu acordei cansada, creio que estou pegando uma gripe. Estamos na primavera e esse friozinho gostoso... Minha primeira missão do dia foi cumprida, maridão e filhota a caminho do trabalho e da escola. Sentei um pouco no sofá e liguei a televisão, no canal 2 estava passando o Bom Dia Saúde. Que coincidência. E o tema de hoje eram as drogas. Muito interessante, hoje descobri que os japoneses realmente têm um tipo de alergia ao álcool. No máximo metade da população oriental tolera bebidas alcoólicas, por predisposição genética. Cinqüenta por cento tem desidrogenase para digerir e metabolizar o álcool, e cinqüenta por cento não tem. Quer dizer, metade da população passa mal, tem rubor generalizado por vasodilatação e hipotensão quando ingere álcool. Nos anglo-saxões, ao contrário, 100% da população tem tolerância ao álcool, desde criança. Isso está ligado à raça. A genética é estranha, alguns organismos rejeitam as drogas e outros as assimilam rapidamente, o prazer é maior, causando a dependência. Mas o que mais me chamou a atenção foi a conclusão do médico palestrante. Ele disse que o exemplo dado em casa não é a melhor forma de ensino, mas a única. Achei maravilhoso. Cabe a nós, sim, darmos o exemplo aos nossos entes queridos. As drogas lícitas e ilícitas estão aí. Jovens cada vez mais jovens estão aí, se afundando no mundo dos prazeres imediatos. Uma tristeza. Sendo assim, a única droga que recomendo é a da leitura, a do cinema, a do teatro, a do circo, a da música, a da dança, a do esporte, a do trabalho. Viaje nesse mundo, mergulhe na imaginação e aprenda com esses artistas. Um mundo de prazer saudável. Bom, vamos trabalhar! O design me aguarda, essa é a segunda missão do dia. Ah, e por falar em artistas, não percam a exposição do grupo FLUXUS no Instituto Tomie Ohtake, maravilhindo!


FLUXUS - Uma longa história com muitos nós, que reúne cerca de 300 objetos, 140 fotos, além de livros, cartazes, partituras e revistas, oferece ao público brasileiro a oportunidade de entender o processo do movimento na Alemanha, durante o período que vai de 1962 a 1994. A exposição, realizada com o apoio do Instituto de Relações Culturais com o Exterior da Alemanha (Ifa) e do Instituto Goethe de São Paulo, traz obras de 28 artistas, entre os quais, Joseph Beuys, John Cage, George Maciunas, Nam June Paik e Daniel Spoerri.

[ Tereza Yamashita ]

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