domingo, 1 de março de 2009

[ Recordações do balacobaco 7  de 06/02/2006 • Homenagens ]

Gatos, charme e encanto

Passo elegante de top model em passarela, cabeça erguida e ar de quem muito se gosta, os gatos provocam nas pessoas sentimentos contraditórios. Alguns, exagerados, expressam amor e admiração sem limites — são capazes de elevar seus felinos à categoria de todo-poderosos. Assim eram, por exemplo, os antigos egípcios: para eles, os bichanos tinham parte com os deuses e como tal eram tratados. Há quem morra de medo deles, sem saber bem por quê. Já houve quem não saísse de navio sem um deles a bordo, para acabar com os ratos, como faziam os navegadores do passado. E não são poucos os que os odeiam irracionalmente, a ponto de persegui-los cruelmente. O personagem de Pacífico, o Gato, passa ao largo de tudo isso. Como bom felino, limita-se a desfrutar, um dia depois do outro, as maravilhas de estar vivo e ter a companhia de uma menina gentil e generosa, capaz de amá-lo sem tomar sua liberdade.
Recomendamos Pacífico, com o texto gostoso de Branca Maria de Paula, publicado pela Paulinas [Menção Altamente Recomendável pela FNLIJ, na categoria Criança, 2000] com as belíssimas ilustrações de Aldemir Martins.

Aldemir Martins, que morreu ontem, aos 83anos, tem uma produção artística admirável. Nasceu no Ceará, na cidade de Ingazeiras, no Vale do Cariri, e mudou-se para São Paulo em 1946. Nas pinturas do artista destacam-se imagens da região nordestina, como cangaceiros e rendeiras, e também animais, frutas e flores. Em sua carreira, também atuou fazendo ilustrações para jornais e livros. O trabalho de Martins ganhou diversos prêmios, entre eles, o de melhor desenhista na Bienal de São Paulo de 1955, dividido com Carybé, e o prêmio de desenho na Bienal de Veneza, em 1956.
Branca, Aldemir e nós adoramos os gatos. Aldemir pintou obras inesquecíveis cheias de felinos. Aqui deixamos nossa mais singela homenagem e nosso agradecimento. Abaixo uma caricatura que ele fez pra nossa Érica, no lançamento do livro No lápis da vida não tem borracha, do Nilson Moulin e do Rubens Matuck, publicado pela Callis Editora.


Aproveitamos para também homenagear o nosso gato, Sansão, que também virou personagem no Nosso Gato Desbotado, da editora Callis. 

No dia 28 de fevereiro ele completou 9 anos! Nós te amamos, Sansão!

Um comentário:

Marilia Kubota disse...

Ih, eu adoro Sansão. Ja não lembro dele. O Yudi tem um xará . beijo